• Por que não seguirei mais Blogueiros de Beleza

    Há alguns anos, quando começaram os blogs, achei neles uma forma interessante de distração. Afinal, estava morando sozinha em outra cidade e não tinha muitas pessoas com quem conversar (com exceção de alguns colegas de trabalho).

    Então, quando não saía ou trabalhava, basicamente meu tempo livre era dividido entre estudos, TV e internet (principalmente os hoje conhecidos como influencers). Colocava um vídeo e, quando não assistia passivamente, costurava enquanto assistia (ponto-cruz é um dos meus hobbies).

    Agora, durante a pandemia, estava repetindo esse comportamento, com um agravante: Como estava em Home Office, trabalhava, como muitas pessoas, exclusivamente por gadgets (notebook, celular, etc). E percebi que a experiência não tem sido positiva. Sinto-me cansada (mais do que deveria) e demoro muito a dormir. Isso ligou um sinal de alerta.

    Uma das coisas que preciso lidar agora é o tédio que surge em certos momentos. Acredite, estar no mundo real faz muita diferença. Só de interagir com pessoas de verdade, tomar um café com um colega, perguntar sobre o dia de um outro. Realmente é impactante a diferença. Então, procuro não me distrair com bobagens durante o expediente e tentar focar no que realmente importa. No máximo, coloco uma música enquanto estudo ou trabalho.

    Então, essa é uma questão: Produtividade. Quando a pandemia começou, do nada todo mundo começou a fazer lives e veio a cobrança por aprimoramento. Não vejo isso como algo ruim, afinal, eu mesma estou fazendo alguns cursos. A questão é: De onde está vindo essa cobrança, afinal?

    A cobrança está vindo do seu chefe, ou da vontade de ter um emprego melhor? Ou é do “efeito-manada” (quer fazer porque outras pessoas estão fazendo)? Seja como for, com a pandemia, percebo um aumento de um fenômeno que surgiu com a internet: o FOMO (Fear of Missing Out), que é o medo de perder algo, ou ficar fora de algum evento. Só que, quando a pessoa faz muitas coisas ao mesmo tempo, não é possível conciliar tudo de uma forma satisfatória. Isso traz sentimentos como stress, autodepreciação e angústia.

    Mas o que isso tem a ver com as tais influencers, que citei? Tem a ver com a qualidade do nosso tempo, que é escasso. Principalmente nós, mulheres, sentimos uma cobrança ainda maior para sermos multitarefas. Diante disso, comecei a me questionar sobre o quanto de tempo perco vendo a vida alheia e outras frivolidades. Não estou dizendo para ninguém se divertir ou descansar (isso contribui para a saúde mental e física). Porém, para alcançar alguns objetivos e executar tarefas com excelência, é preciso planejamento e organização.

    Outro problema que tenho visto, ultimamente, é a respeito da Cultura do Cancelamento (tema que mencionei em artigo anterior). Principalmente ocorre no exterior, mas esse costume está chegando ao Brasil, infelizmente. Alguém investiga as redes sociais de uma pessoa famosa em busca de algum “podre”. Pode ser algo que essa pessoa falou há 5, 10 ou 15 anos, não importa. O público feroz não considera a menor hipótese de esse famoso ter amadurecido ao longo dos anos. É promovida uma verdadeira caça às bruxas.

    Gostava dos ditos canais quando falavam apenas de maquiagem (afinal, até os 30 anos só sabia passar batom). Agora, muitos desses influencers giram em torno de fofoca e consumismo, comportamento este que não é nada saudável. Quando você se informa sobre o que está acontecendo, é basicamente um tentando destruir o outro, seja para aparecer ou por um prazer perverso de derrubar a concorrência (não necessariamente para ganhos financeiros). Então, resolvi me afastar desse tipo de conteúdo, nocivo para a alma e para a saúde.

    Não estou dizendo que todos se comportam assim (felizmente, não), mas há outros fatores envolvidos, como o incentivo ao consumismo, que não condiz com a busca por uma vida mais simples e mais prática. Além disso, considero que já aprendi tudo o que gostaria, não vejo necessidade de continuar dando audiência.

    Estou tentando cortar o tempo que passo na internet (exceto o trabalho, esse é inevitável) e dedicar a outras atividades. Se você me seguir no Instagram (@simplifique_ser), poderá ver, nos destaques, fotos da horta que estou fazendo com a minha família. Um dos objetivos é ter temperos frescos à mão, considerando o confinamento que estamos vivendo.

    E você, avaliou o que te faz perder seu tempo? O que pretende fazer para ter uma qualidade de vida ainda melhor?

    Simplifique-Ser!

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